"PS não fica refém" de PCP e BE
O presidente do PS e líder da bancada parlamentar adiantou, à entrada para a Comissão Nacional socialista, frisou que "o país não ficará sem governo".
O PS quer é que Portugal "fique com o melhor" governo, disse Carlos César, referindo que a Comissão Nacional vai apreciar "o impacto das negociações" com o BE e o PCP no programa de governo a liderar pelos socialistas.
"As negociações prosseguem", a fim de alcançar "um acordo para uma legislatura" e que deve ser "estável, credível e duradouro", insistiu Carlos César.
Pedro Nuno Santos, um dos negociadores socialistas, disse aos jornalistas que o PS "não fica refém" do BE ou do PCP com o acordo para um governo de esquerda, uma vez que lhes permitirá "trabalhar em conjunto".
"O PS não fica refém de ninguém", assegurou Pedro Nuno Santos, à chegada ao hotel onde vai decorrer a reunião da Comissão Nacional do PS.
Álvaro Beleza, crítico da solução de governo à esquerda, considerou ser esse "um caminho perigoso" porque nas áreas da Economia e Finanças e Europa será muito difícil haver acordo com BE e PCP.
"Prefiro um governo de direita refém do PS, como agora, em vez de um governo do PS refém da esquerda", sublinhou Álvaro Beleza, dizendo que na Europa não há coligações em que os partidos subscritores fiquem fora do governo.
José Junqueiro, outro crítico, defendeu que os três partidos de esquerda devem estar no governo e que António Costa, tendo "toda a legitimidade" para fazer o acordo com BE e PCP, tem a sua "autoridade política diminuída" para exercer o cargo de primeiro-ministro pois perdeu as eleições legislativas.